terça-feira, 10 de novembro de 2015

só cai quem voa.

eis que me apaixonei. depois de anos fugindo dessa merda, evitando pessoas e situações e fugindo sempre que via que a coisa ia ficar séria. me apaixonei. nunca troquei uma palavra, mas me apaixonei pelo jeito dele: sério, quieto, sexy. pra caralho. PQP, QUE CARA SEXY!!!! e gostoso. nó sinhora... e daí que muitos meses depois de olhá-lo insistentemente e ele nunca me dar bola, o cara começa a namorar. só que daí a vida mexeu seus pauzinhos e rolou de a gente ficar. e ficamos de novo. e de novo. e era cada vez melhor, cada vez mais intenso, cada vez mais carnal. bem do jeito que eu gosto e como há muito tempo não era (principalmente porque eu não deixava ser.).

depois que ficamos a primeira vez, eu tinha certeza de que não rolava de novo. mas daí a vida, essa marota, fez com que a gente começasse a conversar. mentira, foi pelo meu aniversário. a gente ficou dias antes. e daí eu, que tinha certeza de que nada nunca mais ia rolar, quis guardar no melhor dos lugares na caixinha da memória aquele momento. e me desesperei porque ao mesmo tempo em que eu supus que nada nunca mais ia rolar, torcia pra que ele falasse comigo e aquilo acontecesse de novo.

e aconteceu: ele falou, a gente saiu, a gente ficou. minha melhor amiga me incentivou a voar e eu, que hipocrisia, que me jogo em qualquer coisa sem pensar, fiquei NAQUELE puta cagaço, porque sabia que isso ia dar em merda. mas eu voei. voei alto. o mais alto que pude. (não podia ser diferente, eu tenho tatuado no ombro só cai quem voa. era no mínimo mentira se eu não me permitisse viver isso. eu só não queria me machucar.)

daí que eu voei o mais alto que pude, alcancei o céu e me senti livre, leve e feliz. me senti apaixonada novamente, como há muito tempo não me sentia. mas cair é consequência. e agora eu tô em queda livre porque essa história toda foi errada desde o começo. e foi tudo por impulso (tanto meu quando dele - principalmente dele, já que eu sempre quis).

chorei e desde que acordei tô segurando o choro. tô caindo e não sei quando e nem se vou chegar no chão. tô me sentindo a pior pessoa do mundo. a mais mau caráter, a mais mesquinha. tô caindo. repetiria tudo de novo, faria novamente, mas não devo. moralmente não posso. mas eu queria. queria TANTO. e queria mais ainda que quando a queda acabasse, os braços dele fossem o meu chão. porque ele me fez voar de novo. mas só cai quem voa.